Um campo de terra, demarcada, que rasga o mundo
Não é o mundo.
É apenas a misteriosa ordenação
Que o faz parecer
Rasgar o mundo
Sem pertencer a ele.
E o mundo fica órfão dele
Porque já não é possível resgatá-lo
Do sombrio ofício, humanamente,
De rasgar o mundo.
E o mundo abre um parêntesis.
Parêntesis que não o arranca
Da tristeza, recôndita tristeza
De estar incompleto
Irremediavelmente ferido:
Talho de terra rasgando-se
Cicatrizando-se aos poucos
Orfandade terrosa
De mundo
Dilaceradamente mundo.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
Por aqui decimos "táio" rs
...
e tem da coisa globalizada também...
Estou/tava distante blogosfera, mas um respiro aqui e outro ali me fortalecem mais um mergulho.
abraços e geográficas invenções!
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